31.1.06
29.1.06
Página 54: Matas-me outra vez?
26.1.06
Página 53: Hoje é assim...

Rio de Silêncio
Surdo, subterrâneo rio de palavras
Me corre lento pelo corpo todo;
Amor sem margens onde a lua rompe
E nimba de luar o próprio lodo.
Correr do tempo ou só rumor do frio
Onde o amor se perde e a razão de amar
Surdo, subterrâneo, impiedoso rio,
Para onde vais, sem eu poder ficar?
Eugénio de Andrade
23.1.06
Página 52: Outros blogues: Não compreendo os homens.
Na satisfação plena ou na insatisfação inconformada, os relatos da Fausta, com o seu olhar crítico sobre o desempenho masculino, os anseios incompreendidos das mulheres, o rosário das frustrações e a surpresa das glórias, são uma das coisas mais deliciosas e bem humoradas que tenho lido por esses blogues a fora!
Aos leitores – espera-se – que sirva de proveito e exemplo!
Aos leitores – espera-se – que sirva de proveito e exemplo!
Para quem lê no feminino, um assentimento divertido, pontuado de “ora, nem mais!”. E, porque não?, uma sensação de que… estamos menos sozinhas.
22.1.06
Página 51: SOL português

Num dia em que não encontro que comemorar, brindemos ao Sol, que esse, justiça lhe seja feita, é presença magnífica e frequente no nosso território português. Brindemos a esse Sol dourado, quente e luminoso que hoje, como tantas vezes, nos arrancou à noite tenebrosa.
Brindemos a esse amigo que nos aqueceu na esperança e nos há-de iluminar na desilusão.
Amanhã, novo dia. Talvez o mesmo Sol, ou no dia seguinte, ou daqui a pouco… Esse consolo garantido, mesmo que nos falte qualquer outro, para bem da nossa sanidade mental.
Esqueçamos por agora que esse amigo também peca, quando em vez de criar, seca! Não é o tempo ainda… Por agora, brindemos ao Sol, porque não achamos mais que comemorar.
Esqueçamos por agora que esse amigo também peca, quando em vez de criar, seca! Não é o tempo ainda… Por agora, brindemos ao Sol, porque não achamos mais que comemorar.
16.1.06
Página 50: "Googlegrama"

A imagem da capa deste número da revista Envoyé Spécial foi realizada por Joan Fontcuberta, artista catalão que utiliza o motor de busca Google para compor as suas obras.
À primeira vista as imagens criadas por Joan Fontcuberta poderão parecer as de um pintor neo-impressionista, mas quando firmamos o olhar deparamos com uma curiosa geometria informática.
A ideia do artista é conjugar arte e tecnologia e suscitar uma reflexão sobre o mito da Internet como ficheiro universal de informação e sobre a relação da palavra com a imagem. Partindo de uma fotografia previamente escolhida e utilizando um programa ligado ao Google, o artista define palavras-chave de procura que permitirão a selecção de imagens escolhidas pela sua cor e contraste – dentre os milhares de ocorrências que respondem à pesquisa –, as quais virão preencher a fotografia de base.
Um Googlegrama composto sobre uma imagem dos atentados do 11 de Setembro em Nova Iorque, por exemplo, foi obtido com a utilização de 6.000 imagens que corresponderam à pesquisa das palavras Deus, Yahvé e Alá em francês, espanhol e inglês.
in Envoyé Spécial, Décembre 2005
(tradução e adaptação livres)
Interessante!
15.1.06
14.1.06
Página 48: Sexercising
(clicar)
Vale a pena. Não é que precisemos de incentivo, ou de desculpa. A vontade é grande e rarement on mange à sa faim, certo? Mas vá lá... ainda assim é bom saber. Quebrou a dieta? Pode minimizar o mal, já que todas as formas são eficazes... E depois, quem poderá resistir a uma súplica tão justificada? Vá lá, querido(a), preciso urgentemente de queimar calorias!!... ;-)
Página 47: Luminescências
A chave é a LUZ
e a luz ilumina formas.
E essas formas têm poder emotivo
pelo jogo das proporções, pelo jogo das relações
inesperadas, surpreendentes.
Notre Dame du Haut, em Ronchamp





11.1.06
Página 46: Frustração
Foi bonito
O meu sonho de amor.
Floriram em redor
Todos os campos em pousio.
Um sol de Abril brilhou em pleno estio,
Lavado e promissor.
Só que não houve frutos
Dessa primavera.
A vida disse que era
Tarde demais.
E que as paixões tardias
São ironias
Dos deuses desleais.
Miguel Torga
Miguel Torga

10.1.06
2.1.06
Página 42: Diálogo Saramaguiano II
Ele não é um homem vulgar, E daí, Daí que não suportou que eu o tratasse como tal, Achas, Tenho a certeza, é excepcionalmente bonito, Olha o que dizia a avó Ana, Que dizia a avó Ana, Que boniteza não se põe na mesa e que na cama, de luz apagada, são todos iguais, Não falo dessas bonitezas, nem de subsistência, mas de amor e não é verdade que sejam todos iguais, E de que bonitezas falas, Das que vêm de dentro, E é bonito por dentro, Muito, Eu não acho que seja, Que sabes tu que nem o conheces, Sei o que vejo nesse teu olhar perdido, O meu olhar perde-se sozinho, o mal está em mim, Detesto homens bonitos que te põem nessas certezas tristes, parecem-me feios, digas o que disseres, Eu digo que não é um homem vulgar.