Página 53: Hoje é assim...
Rio de Silêncio
Surdo, subterrâneo rio de palavras
Me corre lento pelo corpo todo;
Amor sem margens onde a lua rompe
E nimba de luar o próprio lodo.
Correr do tempo ou só rumor do frio
Onde o amor se perde e a razão de amar
Surdo, subterrâneo, impiedoso rio,
Para onde vais, sem eu poder ficar?
Eugénio de Andrade
6 Comments:
o eugénio e as suas mariquices, coitado.
Coitado de ti, veritas, que nem nome, nem nada que te afirme.
vai de veritas...
... hoje é mais rumor do frio, m.
...qual rumor do frio? Estas gaijas são a minha desgraça e o Eugénio, que era de sensibilidade próxima, (deus me perdoe), também não devia ser de muitos calores. Homens poetas gastam-se no palavreado, não achas, m.?
Há que séculos não lia Eugénio de Andrade. Gostei. Um beijo
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