23.2.08

P.399: Ouvir Dizer


Ouvinte
Diz como ouves, o cuidado que te inspiram as palavras, a emoção com que as acolhes, ou a raiva, ou a indiferença… Diz se escorrem por ti ou te impregnas delas, lhes saboreias a música, te embalas no seu sabor; se lhes segues os caminhos ou as largas, solitárias…

18.2.08

P.398: Ver(emos)

Vemos às vezes a transparência de coisas que nos tornam opacos e pesados e rasando solos agrestes.
Cegamo-nos nessa vidência clara e já não sabemos de nós…
Parece que já lá estivemos, nessa volta de caminho, nessa secura de estrada, no dilúvio de um outro dia.


17.2.08

P.397:

PROmova
PROFESSORES movimento de valorização


Dou aqui modesto contributo para a divulgação deste movimento de valorização dos professores, juntos sem bandeira partidária ou sindical, unidos pela vontade forte de se fazerem ouvir e respeitar. Houve, naturalmente, quem tivesse a ideia, começasse a congregar gente e esforços e desse a voz. Mas não há “chefes”, nem “aparelho”, nem salários, nem estatutos… e o PROmova durará apenas enquanto se perfilarem problemas graves na Educação e os seus apoiantes quiserem reagir e fazer-se ouvir através dele.

14.2.08

P.396: Love is in the air?

S. Valentim
A “tradição” pode ter sido artificialmente criada, importada, comercial. Mas a verdade é que os mais novos, nascidos já em pleno andamento desenfreado da engrenagem do consumo fácil, aderiram completamente a ela. Hoje, no meu local de trabalho, só mesmo as professoras e as funcionárias não exibiam os seus peluches de mil formas e cores e/ou o seu ramo de flores muito elaborado; só mesmo os professores não perfumaram o ar com os aromas oferecidos por namoradas que não brincam em serviço! Garotos que vão da adolescência tenra à pré-universidade, mas que já não fazem a coisa por menos!
Como frequentemente me acontece, fico a pensar na minha geração de pais destes miúdos, que, sem ter conhecido nada desta abastança, se vê agora envolvida nestes gastos adicionais. Que é feito do poema copiado, do coração desenhado, da flor “roubada” num jardim…?!
Tínhamos, nesta escola precisamente, uma tradição gira, mantida por Associações de Estudantes durante uma dúzia de anos, até há dois ou três anos atrás. Era o correio amoroso distribuído neste dia. Tocava a corneta, batia à porta o carteiro, interrompia-se a aula para entregar a cartinha para a menina A ou ao menino B. Às vezes vinha a tuna a acompanhar e, havendo permissão do prof, fazia-se uma pequena serenata. Quantos tímidos não aproveitaram o ensejo? Quantos amores secretos não se revelaram assim? Quantos namoros desta forma começaram?
Mas não. Era muito trabalhoso… As actuais A.E. acharam, talvez, a coisa kitsch ou naïve… e, sobretudo, muito cansativa: recolher e distribuir todo esse correio, recrutar músicos ou preparar os disponíveis, ufa, demasiado!... E lá se foi mais um ritual simples, verdadeiro e pouco dispendioso.

11.2.08

P.395: E-mail da chefe

O assunto era "Avaliação de desempenho" e pensei logo que aí vinha mais um passo na contradança: seria para trás, para a frente, lateral ou simples pirueta sem sair do sítio?...
Nada disso. Era, afinal, esta partilha bem humorada! :-))
E bem necessitados estamos todos...

10.2.08

P.394: Instituição Alegria!


Há coisas em que é difícil acreditar!...


In Portugal Século XX - Crónica em Imagens, Anos 40, de Joaquim Vieira

8.2.08

P.393: Anúncios da Primavera


Em 2 de Fevereiro de 2008

7.2.08

P.392: O meu olhar sobre...

Saiu hoje, depois de mais de um ano de esforços das suas autoras(1) que, literalmente, se meteram quer em atalhos quer em itinerários principais para conseguirem olhar e aqui guardar o melhor de Vila Real e das terras vizinhas.
Obter apoio para a publicação foi, talvez, a vertente mais abrupta e o terreno mais pedregoso que tiveram que palmilhar, porque, nos dias que correm, isto de dinheiros gastos sem grande espavento dos organismos financiadores é uma carga de trabalhos sem rendimento mínimo garantido…
Mas ele aí está, o tal olhar oferecendo-se ao olhar dos outros e assim enchendo a sua pluralidade de mais visões ainda! É, de facto, um livro que se vê – as páginas enchem-se de fotografias que, com um mínimo de palavras identificadoras, deixam o espírito livre para a própria viagem. E é um exemplo de um bom trabalho que usa a escola como “laboratório de ideias” e atravessa os portões para se realizar e difundir.
(1) Duas alunas e uma professora de Área de Projecto do 12ºano