P.441: Finalmente, em honra de Magalhães

Um dos (se não “o”) maiores navegadores de todos os tempos não teve até ao presente direito a grandes honrarias: nem casas, fundações, museus (Sabrosa destinou-lhe recentemente um espaço), muito menos a projecção de um filme (veja-se a quantidade de Colombos, por bem menos…).
Mas os ventos mudam – como ele bem sabia – e uma homenagem chega hoje cheia de uma insólita graça: “Magalhães” serão os computadores portáteis produzidos no país para a navegação dos pequenos portugueses que querem tornar-se grandes…
A eficácia da medida será discutível, os seus custos excessivos, as prioridades de gasto mal estabelecidas… Talvez. Fica, no entanto, a consoladora ideia de uma homenagem com um significado bem próximo do que foi esse navegador persistente e pragmático: uma ferramenta de trabalho a abrir caminhos por mundos desconhecidos… Melhor assim do que prender-lhe a memória em estátuas. Gostei.