P.147: Objectos desusados
Azulejos destes, com decoração naïve e cores mais ou menos tradicionais, com dizeres simples e ao gosto popular, eram frequentemente elementos decorativos nos lares portugueses. O mais comum, que me lembre, era o «Seja bem-vindo, quem vier por bem». Em miúda achava-os parolos. Hoje, que me parecem em vias de extinção, acho-os engraçados!
A mensagem deste, uma relíquia familiar que conservo com gosto por a moldura ter sido cinzelada por um tio avô, condiz bem com o que foi objectivo de vida do seu autor e da sua mulher. Tempos difíceis. Poupanças diárias, ao tostão, e muito trabalho, para construírem a tal casa que veio a ser mais mundo dela do que dos dois, mas que antes de ser morada foi sonho de ambos. Vinham longe, ainda, os tempos de comprar hipotecando o futuro. E por isso foi ao próprio corpo, à vida, que foram buscar o crédito para essa vontade. Gente de fibra!
4 Comments:
Gostei especialmente da 2ª parte do texto. Mas a verdade é que ainda herdámos alguma dessa força, não achas?!
Pirata
:-) Bem lembrado!
Irene
Sim, sem dúvida. Até já discutimos isso aqui, a propósito do texto de dia 3.12.06.
Digamos que parece que se tem vindo a perder...
Gravado na memória, da parede da casa dos avós:
"Eu não quero mais afectos
Que o calor de uma brasa
É o sorriso dos meus netos
À volta da minha casa "
Estou de volta!
O meu silêncio nesta dimensão deveu-se à viagem piramidal que empreendi do outro lado da existência. Se para tanto tiveres paciência e tempo e me visitares encontrarás notícias frescas no meu último post.
Não sendo meu costume, este comentário, é uma espécie de circular, colocada na memória de transferência do computador e introduzida no último post de cada blog que com o "red grin & blu" tem mantido contacto.
No entanto, porque apesar de não ser este, um comentário tão personalizado como habitualmente, só o coloco, nos espaços de quem desejo que tome conhecimento do novo rumo que tomei. Portanto só nos blogs que mais prezo. Por isso, com toda a sinceridade me despeço com a boa expressão portuguesa:
"beijos a quem é de beijos e abraços a quem é de abraços"
Até breve
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