P.143: Luzes da ribalta!
A propósito de mulheres que se sujeitam a exibir publicamente os papéis deploráveis que desempenharam junto de homens públicos, para os encalacrarem, ganharem visibilidade e algo mais que as sustente com luxo, enquanto não serenar o receio de outros homens dispostos a pagar a companhia – foram só três dias de abertura de telejornais! – lembrei o caso Bill Clinton/Mónica Lewinsky. No seu tempo, fui “obrigada” a seguir os confrangedores pormenores confessionais que inequivocamente exibiram, ao meu olhar atónito e desiludido, a pequenez do homem! Não só ele, Clinton, um político razoavelmente bom, figura simpática apesar de todos os apesares, mas todo o homem que, por um broche, não sei se bom se mau, e assento no poder, aceita, sem provavelmente pensar, correr grandes riscos e fazer figuras deploráveis!
Bill Clinton era provavelmente um homem útil – só o ser menos nocivo do que o que está já era bom! – que se perdeu ou perdeu muito por uns minutos de alívio com uma miúda gorda! E, naturalmente, por falta de coragem de afirmar, no país que se quer o mais livre do mundo, o seu direito à privacidade!
Não sei por que mecanismos cheguei a esta recordação pungente! Muitas milhas, não só geográficas, separam o malogrado ex-presidente da mais forte nação do mundo do reizinho impune do Porto que é uma nação! Mas aconteceu. Talvez pelo rosário de “informação” desinteressante que prevejo para os próximos tempos.
Ao menos, que o descuidado dirigente perca alguma da sua descarada fleuma bronca! Dava-se por bem empregue o sacrifício de ver a delambida Carolina sorrindo triste e repetidamente, assinando o seu best seller…!
Ao menos, que o descuidado dirigente perca alguma da sua descarada fleuma bronca! Dava-se por bem empregue o sacrifício de ver a delambida Carolina sorrindo triste e repetidamente, assinando o seu best seller…!
Obs.: Que me desculpem, os mais susceptíveis, alguma rudeza nas palavras. Há coisas que ou se chamam pelos nomes, ou mais vale não nomear...
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(Fotografia de Carlos Sampaio)
5 Comments:
Não tenho acompanhado o folhetim mediático audiovisual, não tenho RTPi. Só a parte escrita. Considerando que o que é dito pela senhora tenho um fundo de verdade maioritário, só posso aplaudir que se fale e refale e se propague a alta voz.
Depois de ver tanto político no beija mão do senhor e agora entalado, depois de ver a justiça sem "os ter" no sítio para levar o processo até ao fim, vejamos se a praça pública vai, finalmente, permitir a lavagem.
estamos que estar todos agradecidos à Dom Quixote...
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Frágeis, marionetes de outros interesses..maiores..
Mas, gostei da alma..és humana..
intruso
Menina, muito bem dito. Pensei exactamente o mesmo. Quanto à D. Quixote ...talvez mais alguma "elevação" cultural fosse suficiente para não publicar lixo. E lixo é lixo, mesmo no New York Times. Mesmo que sejam "armas de destruição maciça". Deixar a telenovela em fascículos para outras "empresas". Anyway, li há tempo um livro que não sei se conheces e que irás gostar, muito pertinente na análise lateral do que se passou nos States: é um romance de Philip Roth "A Mancha Humana". Lembrei-me de Calvino ...Bjinhos
Não conheço e agradeço a indicação.
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