P.259: Tintim, dos 7 aos 77
Hergé, recordado hoje na imprensa pelo centenário do nascimento. Fui leitora de muitos dos seus álbuns do Tintim e as primeiras imagens que tenho deles remontam mesmo a um tempo anterior ao da aprendizagem da leitura. Eram álbuns em francês, talvez de uma tia, que andavam lá por casa, no meio dos meus brinquedos.
Mas a leitura das suas aventuras, propriamente dita, começou com a revista “Tintim – dos 7 aos 77” e foi um acontecimento familiar engraçado, que hoje evoco como coisa bem diferente do tempo actual, pelo que tinha de partilha familiar e de espera paciente.
A revista era semanal e, tudo correndo bem, vinha à quinta-feira. A minha mãe e nós, os três filhos, aguardávamos a sua chegada ansiosamente e líamos à vez, respeitando a hierarquia das idades, as aventuras em episódios escolhidas por cada um. É que, para além do Tintim, havia outras Bandas Desenhadas, outras histórias e heróis. Eu gostava do Alix, o meu irmão preferia o Corto Maltese ou o Blake and Mortimer e todos líamos o Lucky Lucke. De cada história, apenas duas, três páginas, depois de aguardada a vez. E, concluída a leitura, mais uma espera até à próxima quinta, se tudo corresse bem, para conhecer a sequência seguinte.
Depois começou uma reedição dos álbuns, que a minha mãe adquiria talvez à razão de um por mês – que, na altura, tudo tinha conta, peso e medida – e voltámos ao ciclo de leituras, cada qual a instigar o leitor anterior para se despachar e dar a vez, mas agora já com mais “sustento”.
É bom quando as comemorações fazem emergir histórias, neste caso não só as escritas pelo autor ou as vividas pelas suas personagens, mas a história de certa família unida na sua leitura.
Mas a leitura das suas aventuras, propriamente dita, começou com a revista “Tintim – dos 7 aos 77” e foi um acontecimento familiar engraçado, que hoje evoco como coisa bem diferente do tempo actual, pelo que tinha de partilha familiar e de espera paciente.
A revista era semanal e, tudo correndo bem, vinha à quinta-feira. A minha mãe e nós, os três filhos, aguardávamos a sua chegada ansiosamente e líamos à vez, respeitando a hierarquia das idades, as aventuras em episódios escolhidas por cada um. É que, para além do Tintim, havia outras Bandas Desenhadas, outras histórias e heróis. Eu gostava do Alix, o meu irmão preferia o Corto Maltese ou o Blake and Mortimer e todos líamos o Lucky Lucke. De cada história, apenas duas, três páginas, depois de aguardada a vez. E, concluída a leitura, mais uma espera até à próxima quinta, se tudo corresse bem, para conhecer a sequência seguinte.
Depois começou uma reedição dos álbuns, que a minha mãe adquiria talvez à razão de um por mês – que, na altura, tudo tinha conta, peso e medida – e voltámos ao ciclo de leituras, cada qual a instigar o leitor anterior para se despachar e dar a vez, mas agora já com mais “sustento”.
É bom quando as comemorações fazem emergir histórias, neste caso não só as escritas pelo autor ou as vividas pelas suas personagens, mas a história de certa família unida na sua leitura.
(imagem googleada)
2 Comments:
Já te deste conta od pormenor no desenho? É incrível. Incrível também é que se vão esquecendo os grandes mestres da BD portuguesa. Lembro-me de repente de João José André Baptista, quiçá o maior entre os maiores. "O Falcão", "Major Alvega", etc, eram desenhados por ele. Tem ainda várias obras em parceria com um francês sobre figuras históricas portuguesas.
A descobrires, caso nunca tenhas lido/visto
A descobrir, de facto.
Obrigada pela sugestão.
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