P.258: Um certo olhar
mediático sobre a realidade regional trasmontana, procura – por razões de facilidade? de gosto? de garantido sucesso da reportagem?... – sempre o mais rude dos populares, o transeunte com ar menos esclarecido, o beco mais rural, o pardieiro mais pobre, para fixar a sua câmara. E dessa forma constrói uma imagem para a nação: a de que em qualquer ponto desta região pisamos bosta quando saímos à rua, bebemos sopas de vinho ao pequeno-almoço e temos como súmula do divertimento a oração e a decoração de andores. Isto, claro, quando não estamos a fazer enchidos ou a lavrar as leiras.
Se o tom parece caricatural, a mim também me soa a ridicularização essa perspectiva quase única que não diz da diversidade e da evolução. Para o bem e para o mal, não somos já só esse quadro pitoresco, por muito que ele continue a agradar ao citadino dos “grandes centros”, se os há em Portugal, ou aos pobres de ideias jornalistas locais e nacionais.
Se o tom parece caricatural, a mim também me soa a ridicularização essa perspectiva quase única que não diz da diversidade e da evolução. Para o bem e para o mal, não somos já só esse quadro pitoresco, por muito que ele continue a agradar ao citadino dos “grandes centros”, se os há em Portugal, ou aos pobres de ideias jornalistas locais e nacionais.
4 Comments:
infelizmente assim é.
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Acontece o mesmo para estes lados.
Por razões que desconheço, uma boa parte dos habitantes das "metrópoles" acha-nos bichos do mato. O mesmo pensam, infelizmente alguns dos meus colegas de profissão.
"Perdoai-lhes Senhpr que não sabem o que dizem"..
Beijinho, amiga
Posso acrescentar o "Puorto", tipicamente retratado pelas "entrebistas às bendedeiras du bulhom" ??
Realmente. Fico danada quando nivelam por baixo e dão a pior (ou grotesca) imagem de nós. É mesmo apoucar-nos a todos! Bjinho
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