1.5.07

P.243: Maio


Água de Maio, pão para todo o ano.
Água de regar, de Abril e Maio hão-de ficar.
Chovam trinta Maios e não chova em Junho.
Em Maio, nem à porta de casa saio.
Fraco é o Maio que não rompe uma croça.
Maio, ao princípio chuvoso e no meio pardo, enche o saco.
Maio chocoso e Junho claroso, fazem o ano formoso.
Maio chuvoso ou pardo, faz pão vistoso e grado.
Maio frio e Junho quente, bom pão, vinho valente.
Quando em Maio não troa, não é ano de broa.
Em Maio, as cerejas, a velha come-as ao borralho.
Abril chuvoso, Maio ventoso e Junho amoroso, fazem um ano formoso.

Um longo adagiário de Maio lembra-nos que o mês deve ser ainda de alguma chuva e frio… mas a paciência citadina anda já esgotada e o apetite é de tempo mais luminoso e quente. Não tarda andaremos derretidos de calor e suspirando por uma frescura! É assim nesta minha terra de estações extremas.

3 Comments:

Blogger A. Pinto Correia said...

Efectivamente é assim. Só estamos bem com o que não temos. Por aqui as variações térmicas são igualmente horriveis.
Beijinho e bom início de Maio

maio 01, 2007 12:17 da tarde  
Blogger Cerejinha said...

Gosto destes ditos populares...
Fazem-me lembrar a minha avó que tinha sempre um na ponta da lingua adequado a qualquer situação!
Gostei, principalmente do da velha e do borralho...porque será?!? LoL
Já respondi à tua questão dos azulejos lá no meu estaminé.
Beijokas!

maio 01, 2007 6:17 da tarde  
Blogger APC said...

"Abril chuvoso, Maio ventoso e Junho amoroso (...)", o meu preferido!

... Porque sim! ;-)

maio 02, 2007 3:55 da tarde  

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