15.7.07

P.321: Rien?!

Há 218 anos, em Versalhes, o rei Luís XVI dormiu ainda a sua tranquila noite de sono, depois de um dia de caçada que terminou, ironicamente, com uma só palavra registada no diário: Rien.
Foi apenas pela manhã de dia 15, ao despertar, que o duque de Rochefoucauld-Liancourt o informou da tomada da Bastilha na tumultuosa véspera em que o rei caçara, alheio aos acontecimentos de Paris… «É uma revolta?» – terá perguntado o soberano – «Não, sire, não é uma revolta, é uma revolução» – terá respondido o duque… Ao certo sabe-se o que se seguiu: uma revolução tão sangrenta quanto decisiva, que abalou a França e sacudiu toda a Europa... Depois dela, nunca mais nenhum desses países permaneceu exactamente o mesmo.

(Clicar na imagem)

3 Comments:

Blogger Carlos Sampaio said...

Pode a revolução Francesa ter sido efectivamente um marco na história da Europa, definindo claramente uma diferença entre o antes e o depois.

Agora, o que me irrita, é a forma distorcida como é apresentada oficialmente. A prática da revolução está nos antípodas dos princípios da "Liberdade, Igualdade e Fraternidade"...

É preciso dizer as duas coisas juntas. Bem nos princípios e exacrável na prática.

julho 15, 2007 12:56 da tarde  
Blogger Maria Manuel said...

Tratava-se apenas de um apontamento, assinalando a efeméride e reconhecendo a importância do acontecimento na Europa, sem outros julgamentos.
Mas claro que existiram muitos atropelos e, porventura, o ideal da divisa não passou de um lema inalcançável, a não ser em situações restritas no espaço e no tempo.
Uma prática nos antípodas parece-me ideia exagerada e muito pessimista..., mas talvez tenhas razão...!

julho 15, 2007 2:18 da tarde  
Blogger bettips said...

Antípodas do que queremos e afirmamos: é isso o que CS quererá dizer... e talvez tenha razão. Mas tu lutas por um ideal mais justo, não é verdade? Todos os que o fazem merecem os nossos braços. Também lembrei a tomada da Bastilha e contei a americanos de hoje que nada sabem da Europa. Somente pedras com história somos. Bjinho

julho 15, 2007 9:19 da tarde  

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