25.4.08

P.425: É frágil a liberdade...

Hoje queria ter feito uma bonita jarra de cravos vermelhos. Foi um pensamento da manhã e neste fim de dia escrevo sobre essa vontade que acabei não satisfazendo.

Há muito que não sentia necessidade de comemorar a revolução, perfumando e colorindo simbolicamente de liberdade o espaço do meu lar. Creio até que nunca tinha sentido o significado deste dia com a consciência de agora. Anos de comodidade firmada nas garantias de liberdade tornam-nos menos atentos e menos acarinhadores do bem precioso!


Os tempos, porém, têm sido sacudidos de prepotências governativas e a vigilância acordou. Voltou a fazer sentido clamar contra o totalitarismo, denunciar actividades atentatórias da liberdade de expressão e manifestação, desmascarar a propaganda dos “da situação”! Não é o que foi dantes, mas vai tendo algumas semelhanças. E o modo sub-reptício e progressivo como tem vindo a acontecer deve manter-nos de sobreaviso. A História ensina como grandes erros se repetem em curtos espaços de tempo…
É preciso zelar pela liberdade, sempre!
(Cravos gentilmente cedidos por... imagens do Google...)