P.360: Guerra
Ainda a verdade.
Talvez alguma me surja no confronto agora pacificado das duas partes, em mostra na série Guerra da RTP1. Verdade sobre um passado enlaçado com os primeiros tempos da minha vida.
Não fora ainda, até aqui, tempo de despertar a curiosidade sobre essa verdadeira história. Não fora ainda tempo de aceitar mais do que os pequenos relatos familiares na primeira pessoa.
Agora sim. Disponho-me a descobrir o ambiente que um jovem, na perspectiva de ser meu pai, encontrou. Desembarco em Angola, no seu lugar, oficial que vem para a guerra. Observo tudo com os seus olhos de homem jovem e bom.
É assim que quero saber, hoje, das imagens, dos medos, das ordens cumpridas, das revoltas, da fome, das marchas, das ciladas, das dores físicas e das outras… e das dúvidas… Encarar eu, na sua vez, alguns dos fantasmas que guardou todo o tempo de vida que seguiu, sombras só esboçadas nos seus contornos menos sinistros e em parcas palavras.
Talvez alguma me surja no confronto agora pacificado das duas partes, em mostra na série Guerra da RTP1. Verdade sobre um passado enlaçado com os primeiros tempos da minha vida.
Não fora ainda, até aqui, tempo de despertar a curiosidade sobre essa verdadeira história. Não fora ainda tempo de aceitar mais do que os pequenos relatos familiares na primeira pessoa.
Agora sim. Disponho-me a descobrir o ambiente que um jovem, na perspectiva de ser meu pai, encontrou. Desembarco em Angola, no seu lugar, oficial que vem para a guerra. Observo tudo com os seus olhos de homem jovem e bom.
É assim que quero saber, hoje, das imagens, dos medos, das ordens cumpridas, das revoltas, da fome, das marchas, das ciladas, das dores físicas e das outras… e das dúvidas… Encarar eu, na sua vez, alguns dos fantasmas que guardou todo o tempo de vida que seguiu, sombras só esboçadas nos seus contornos menos sinistros e em parcas palavras.
4 Comments:
Um regresso a um passado que para muitos, está tudo menos resolvido!
Aquele abraço infernal!
Sim, Nucha, temos tanta coisa para compreender desta guerra, ou pelo menos tentar compreender.
É tão bonito o modo como falas deste assunto.
É... Percebi-te perfeitamente.
Em menina perguntava muito o porquê daquela imensa cicatriz que o meu pai trazia na perda, e era mais o silêncio e as desculpas de ocasião que me respondiam a muito pouco sobre o tanto que aquele homem guardava (e guarda) de uma gerra em Moçambique, onde eu viria a nascer. Entendo-te. E gostei muito de te ler assim.
Um abraço*
entendo-te perfeitamente.
:-)
bjs
ps. saudades do meu Prof.
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