9.10.07

P.356: O estado da nação


Dividir para reinar, aproveitar os descontentamentos, pôr uns e outros apontando-se o dedo – todos feitos, a um tempo, Judas e Cristos –, mascarar de rigor a exploração das gentes.
Assim estamos! Vivemos hoje mais ansiosos, menos felizes, ou será só impressão minha, custos de uma adultidade para que nunca me senti verdadeiramente preparada…??!
Seja o que for, dirão alguns, tinha que ser! Teria?... E a imaginação perde-se-me nos muitos caminhos que vão dar a Roma.
Um dia, atravessando de França para Itália de carro, surgiu-me pela frente o velho e longo túnel de Fréjus. Não sei como estará hoje. Na altura, foram 13 penosos quilómetros de um buraco negro sem fugas, travessia cara e claustrofóbica, doendo a cada minuto! No regresso, serpenteámos os Alpes, numa alternativa cheia de perigos de avalanches, mas com muito ar puro respirável…
Ainda que difíceis, são necessários caminhos alternativos. O estado depressivo da nação não pode continuar nesta asfixia de túnel de ar viciado, de sentido único!

1 Comments:

Blogger aDesenhar said...

É incrível como "As Farpas de Eça de Queirós de 1871 se adaptam aos nossos tempos ou ao estado da nação!
:|
bjs

outubro 11, 2007 5:07 da tarde  

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