P.208: Tempo, o grande tirano!
Uma vez por outra, os olhos pousam nas mensagens reencaminhadas e, mais raramente ainda, encontram qualquer coisa que lhes merece atenção.
Aconteceu com um artigo que talvez conheçam, ele circula por aí, supostamente de Airton Luiz Mendonça, supostamente do jornal O Estado de S. Paulo. Faz considerações sobre o tempo, os mecanismos mentais associados à sua passagem e à percepção que temos dela. Assim uma espécie de abordagem do tempo psicológico, eivada de axiomas de cientificidade não atestada, mas que, ainda que possam ser meras especulações, servem perfeitamente de pontos de partida e de orientação para o desenvolvimento de pontos de vista interessantes.
Sintetizo e “traduzo” para o português materno.
Defende o autor que os pensamentos repetidos, automatizados, são apagados da nossa noção de tempo. O cérebro apaga a experiência repetida, que não aparece no “índice de acontecimentos” do dia. Se, ao contrário, vivemos uma experiência nova, o cérebro dedica muitos recursos ao processamento dessa informação, sentimo-nos vivos e o tempo alonga-se.
Conforme envelhecemos, as coisas começam a repetir-se e as experiências novas, aquelas que fazem a mente parar e pensar, fazendo com que o dia pareça ter sido longo e cheio, vão diminuindo. O tempo acelera e parece que os Natais chegam cada vez mais rapidamente.
O que faz parecer que o tempo corre é, portanto, a rotina. Introduzir diferenças nessa optimização que também é necessária, e vivê-las com intensidade, fará o tempo parecer mais longo…
É assim com as mudanças de roupas, de decoração, de tipo de destino de férias, da loja para comprar… Com a organização de festas e de encontros, de viagens e contactos com culturas diferentes, com a visita a parentes que não vemos há muito, com o curso que já não era suposto frequentarmos… Enfim. Quebras no tempo adormecido. Matéria para o cérebro processar e o tempo parecer crescer…
O texto deixou-me a pensar. Tenho, por vezes, a percepção inversa: a de que o tempo preenchido e vivo é que voa…! Mas, por outro lado, quando "muita coisa acontece" num curto espaço, parece que o tempo cresceu...!
Aconteceu com um artigo que talvez conheçam, ele circula por aí, supostamente de Airton Luiz Mendonça, supostamente do jornal O Estado de S. Paulo. Faz considerações sobre o tempo, os mecanismos mentais associados à sua passagem e à percepção que temos dela. Assim uma espécie de abordagem do tempo psicológico, eivada de axiomas de cientificidade não atestada, mas que, ainda que possam ser meras especulações, servem perfeitamente de pontos de partida e de orientação para o desenvolvimento de pontos de vista interessantes.
Sintetizo e “traduzo” para o português materno.
Defende o autor que os pensamentos repetidos, automatizados, são apagados da nossa noção de tempo. O cérebro apaga a experiência repetida, que não aparece no “índice de acontecimentos” do dia. Se, ao contrário, vivemos uma experiência nova, o cérebro dedica muitos recursos ao processamento dessa informação, sentimo-nos vivos e o tempo alonga-se.
Conforme envelhecemos, as coisas começam a repetir-se e as experiências novas, aquelas que fazem a mente parar e pensar, fazendo com que o dia pareça ter sido longo e cheio, vão diminuindo. O tempo acelera e parece que os Natais chegam cada vez mais rapidamente.
O que faz parecer que o tempo corre é, portanto, a rotina. Introduzir diferenças nessa optimização que também é necessária, e vivê-las com intensidade, fará o tempo parecer mais longo…
É assim com as mudanças de roupas, de decoração, de tipo de destino de férias, da loja para comprar… Com a organização de festas e de encontros, de viagens e contactos com culturas diferentes, com a visita a parentes que não vemos há muito, com o curso que já não era suposto frequentarmos… Enfim. Quebras no tempo adormecido. Matéria para o cérebro processar e o tempo parecer crescer…
O texto deixou-me a pensar. Tenho, por vezes, a percepção inversa: a de que o tempo preenchido e vivo é que voa…! Mas, por outro lado, quando "muita coisa acontece" num curto espaço, parece que o tempo cresceu...!
E talvez por isso evoque neste momento uma certa peau de chagrin, associada à ideia de uma intensidade inversamente proporcional à longevidade… Mas esse tema ficará talvez para outro momento, num tempo futuro.
2 Comments:
OLá Maria!
Venho agradecer a tua visita no meu canto, em boa hora o fizeste. A eloquência e fluidez moram nas tuas palavras. Desconhecia o autor em questão. Concordo plenamente contigo quando dizes..."o tempo preenchido e vivo é que voa".
Beijo Sentido
"o tempo preenchido e vivo é que voa"
sempre foi assim e concordo contigo, mas parece que vou baralhar e colocar o relógio do meu tempo a dar outras horas.
:-)
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